quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lanço aqui a seguinte pergunta:Você viu alguma foto de Jackson no caixão? Segundo minha avó apareceu no programa da Sônia Abraão... mas vc leitor, viu? Deixarei essa pergunta no ar para lançar o meu mistério no blog.. aguardo resposta!(E prometo deixar o pobre Jackson em paz...)

Preguiça.. o meu pecado!


Gente, hoje mandei um recado no orkut para meu amigo Gabriel ( http://grupoaidias.blogspot.com/) falando sobre meu blog e tals e contando a minha preguiça de escrever. Daí lembrei de um simples poeminha que criei no meu blog passado, que continha apenas três posts por tamanha preguiça. Vou publicá-lo aqui, só para ilustrar esse meu defeito e mostrar um dos motivos que fazem o escrever um ato de ousadia para mim...

Enquanto posto esse texto dou um enorme bocejo, pensando no que eu poderia ter feito durante todos esses anos se não fosse esse meu pecado, que é a preguiça... Vocês não tem idéia do tempo que levei para fazer esse blog.. tudo por conta dela...Reparei numa coisa...tenho preguiça até de pensar!Eu poderia ser muito mais inteligente, com mais assunto para falar.. mas tenho preguiça! Preguiça de falar, preguiça de pensar, preguiça de escrever...Ela ta me pegando de vez!As vezes meu sonho é faltar a faculdade e dormir a tarde toda...

Preguiça...Pena que você é abstrata!
Queria te pegar, pegar bem forte no teu pescoço, e te esganar!
Te colocar para correr uma maratona.. e vencer!
Cuspir na sua cara, com muita raiva e dizer "chega, acabou, não te quero mais!"
" Saiaa da minha vida, maldita!"
E deitar em cima de você, no sofá, onde muitas vezes você me dominou...e te esmagar!!!
Depois, tiro um cochilo para descansar da minha árdua luta com você.. hehehe

Uma bom dia preguiçoso para vc!

terça-feira, 7 de julho de 2009

A morte de Michael Jackson e sua repercussão midiática

Esperava por esse fatídico sete de julho, data em que o Rei do Pop foi homenageado em LA e também em que supostamente o ídolo tenha sido enterrado, para poder contabilizar a repercussão midiática da morte de Michael Jackson. Mas acho que ainda não é o suficiente para se esperar; acredito que ainda se faça muita especulação sobre tal fato afinal, a causa mortis ainda não foi definida. Mas enquanto isso, que tal falar sobre essa overdose fúnebre e festiva do Rei do Pop (adjetivo no qual fui conhecer apenas após sua morte)?

Quando termino esse último parágrafo falando sobre quando conheci o adjetivo Rei do Pop, não questiono ironicamente o quanto Michael Jackson foi importante para o mundo musical, mas, se quer saber, só fui parar para refletir sobre isso após todo esse acontecimento. Foi quando a mídia pautou em mim o signo Rei do Pop, que anda me emocionando e me acompanhando durante os 13 dias desse boom midiático, digno de me deixar paranóica com o suposto fantasma do ídolo que apareceu em Neverland.

A morte de Michael Jackson e sua repercussão midiática II

Há uma teoria na comunicação, na verdade uma hipótese, em que se fala sobre esse agendamento de assuntos, pelos meios de comunicação, nas conversas do dia a dia. Acho super válida. Trata-se da Agenda Setting, formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw, na qual aponta que a mídia, ao escolher determinados assuntos e ofuscar outros, acaba por pautar os temas a serem discutidos no cotidiano das pessoas. E a vi concretizar-se da forma mais brutal no dia 25 de junho, no qual saí de casa com a possibilidade da morte de Jackson, andei 2 minutos e ouvi o porteiro falando sobre isso ao telefone, cheguei a lan house e conversei com desconhecidos sobre o ídolo e entrei no orkut e li mensagens como “Luto eterno” e “I Love Michael Jackson 4 ever” nas atualizações recentes da minha página. Não tinha dúvida que o agendamento já estava instaurado e que daria ainda muito que falar.

Não teve alternativa. O mundo voltou-se para o rancho de Neverland e para a história do Rei do Pop. Em matérias de poucos minutos fiquei sabendo onde ele nasceu, que ele estava endividado, que já foi casado com outra mulher além de Lisa Presley entre outras cositas más. Também vi a foto dele sendo levado para a ambulância, a certidão de óbito, o caixão de bronze com sei lá quantos quilates de ouro, o discurso emocionado de sua filha. Ah, e sim, um vulto em uma matéria da CNN que tanto me deixou assustada! Concordo que seja necessário todo esse histórico, já que trata-se de uma técnica jornalística. Mas cheguei a pensar que toda essa facilidade midiática seria para encenar a morte do Jackson para escondê-lo para sempre de tudo. Tipo a lenda Elvis Presley.

Porém, o que me impressionou foi a reafirmação de um ídolo após sua morte.

Apesar de achar clichê a história de que “só se fala bem da pessoa quando ela morre”, vou me apropriar dessa posição. Vocês já pararam para pensar o quanto a mídia mistificou e criou o signo de anjinho e sofredor para o Michael, sendo que antes tudo o que se falava era que ele era “comedor de criancinhas”? Apesar de defender em alguns aspectos os meios de comunicação, eu sou aquela velhinha (no meu caso, a minha avó) que agora se revolta com a mídia em volta do caixão falando bem do ídolo, sendo que anteriormente só o criticava. Mas acredito nesse lado bom do Michael, que aparentava sim ser uma pessoa mal compreendida.

A morte de Michael Jackson e sua repercussão midiática III

O espetáculo de hoje (porque foi mesmo um espetáculo e não um funeral) foi o fechamento de mais um capítulo marcante na história principalmente da TV. Só na minha casa, que possui 87 canais, 10 deles se dedicaram ao evento. Vi ali diversos artistas apontando o lado bom do Jackson e que ele será inesquecível, vários we/I Love you Michael, e os filhos, que quase não apareciam, junto com outras criancinhas cantando Heal the World. Chorei, e muito, ao ouvir I´ll be there, e nunca imaginaria que iria me comover tanto com a morte dele. Cheguei a me perguntar como reagirei quando os Backstreet Boys morrerem (sim, sou fã!). Mas aí pensei: talvez não me choque tanto, afinal, eles não serão relembrados tanto assim, e não terei que assistir a um show no qual fotos lindas de sua infância e trajetória são projetadas em um telão enquanto artistas e desconhecidos relembram o ídolo. É estender o sofrimento. É a espetacularização da morte. Mas isso dá outro texto que me prometi escrever. Afinal, quem sabe, só Guy Debord explica. Rs.

Eu sei que em um texto deveríamos propor soluções para os problemas que explicitamos. Mas como Michael Jackson, gostaria de deixar perguntas no ar. Não vim com o propósito de apontar uma solução para a mídia em se tratando de morte de celebridades. Apenas quis mostrar o quanto estou assustada com como a morte desse ídolo comoveu a opinião pública. I´m NOT bad. But I can´t heal the world with my words. But Jackson could do this with your music. At least the TV told me.

(Me empolguei com o inglês tentando jogar com suas músicas. Tradução: Não sou má. Mas não posso curar o mundo com minhas músicas. Mas Jackson pôde com sua música. Pelo menos a TV me disse.)

E agora, quem você acha que vai ser o próximo protagonista de um futuro espetáculo fúnebre?