sábado, 24 de abril de 2010

Oh, baby, it´s a wild world!

Nem é dor de cotovelo, mas desde pequena ouço essa música de tabela, enquanto mamis ouvia rádio. Assistindo Skins (seriado inglês sobre jovens inconsequentes), redescobri essa música no final de uma temporada (não lembro qual).

A música, of course, fala de término de relacionamento, e muito fofo, porque o cara da dor de cotovelo aconselha a mocinha que tome cuidado com o mundo lá fora. Parte do refrão me marcou: O mundo é muito selvagem e é difícil atravessá-lo só com um sorriso. No seriado se encaixa, eu acho, nas merdas que são feitas entre os casais, e uma das personagens, engraçadinha, sempre se sai bem porque tem todo um jeitinho. Logo, não se conserta uma merda só com um sorrisinho, porque o mundo lá fora é muito mais difícil.

Se quiserem entender melhor o contexto, assistam o seriado. Não vai te agregar muito, mas com certeza vai te divertir! O vídeo tem um que de ironia, porque os personagens são todos loucos e de repente são vistos cantando uma musiquinha fofa (e super antiga!) Segue a letra e o vídeo:

Wild World
Cat Stevens
Now that I've lost everything to you
You say you wanna start something new
And it's breakin' my heart you're leavin'
Baby, I'm greavin'

But if you wanna leave, take good care
I hope you have a lot of nice things to wear
But then a lot of nice things turn bad out there

Chorus:
Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you like a child, girl

You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breaking my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl

But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware

Chorus

Baby, I love you
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware

Chorus

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu só queria te contar

Eu queria contar com seu ouvido todo dia
E te contar que tive um dia cansativo
Sobre aquele projeto não deu certo, e te pedir alguma ajuda
Até mesmo comentar sobre aquela colega de faculdade que anda aos beijos com o professor

Ontem eu tive vontade de te perguntar se a blusa azul combinava com meu sapato preto
E se usava o meu Lacoste ou Carolina Herrera
E ao voltar da rua, ia te contar sobre as coisas que vi
E dividir contigo meus planos para o outro dia

Hoje eu queria te falar que à noite eu tive um sonho
E que nele você era o protagonista
Talvez até ficasse vermelha ao te contar

Eu só queria dividir minha vida com alguém
Esse alguém eu ainda não sei
Só sei que estou sozinha.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Crise do fim da graduação

Já me falaram que as pessoas costumam entrar em crise no final da faculdade. Sempre achei frescura. Mas acho que o que estou sentindo é o início dela!

No início da faculdade, principalmente se você começa a morar sozinha, é tudo festa, tudo novidade...no terceiro/quarto semestre, você começa a não aguentar a sua comida, tá desesperada por dinheiro, arruma um namorado (ou um ficante fixo) e acaba não saíndo tanto.. mas tudo bem. Nesse mesmo período geralmente se arruma um estágio, e a empolgação de colocar em prática o que você aprendeu até então é grande, além daquela graninha mi-se-rá-vel que ganha, destinada para suas cervejinhas ou comprar uma roupa legal que seu pai não quer dar (lógico, parcelado em troocentas vezes no cartão). Com isso, você quer jogar na cara do papi que já é grandinha e pode financiar seu peca..ops, suas saídas, com "o suor do seu trabalho" escravo.

Sexto, sétimo...você quer sair, mas tem que acordar cedo. A faculdade já pesa nas costas.
Você continua no sexto período, mesmo no quinto ano de graduação que deveria ser concluída em quatro anos. Passa pela sua cabeça que talvez tenha escolhido o curso errado, mas não quer pensar muito, afinal, você está quase formada e não pode jogar tudo pro alto. Sonha com os primeiros períodos, quando podia ficar na Cantareira de bobeira na quinta, acordava de ressaca na sexta e assistia uma aula boba no mesmo dia. E lógico, tinha disposição para ir a Lapa à noite, quando provavelmente ia conhecer um cara descolado e passar a noite inteira com ele. Mas agora, você já não namora, e nem consegue arrumar alguém porque não dá tempo. Ou então pensa em se casar, naquele velho plano traçado pelos seus pais quando eram universitários de casar depois da formatura; o que não deixa de ser uma merda também. Eu não quero namorar, muito menos me casar, mas continuo achando uma merda porque não to pegando ninguém.

Mas o que mais me incomoda é esse maldito trabalho que tento fazer há dias e não consigo, porque não tenho mais saco pra faculdade. Dormi pouco, acordei AS TRÊS DA MANHÃ pilhadona, cismando que tinha que "twittar" (bosta de chuva que me mandou pro twitter) misturado a mil pensamentos loucos que surgiram na minha cabeça (não peça para eu relatar porque não lembro mesmo). Tive que "acordar" às cinco, logo, não durmi nada. Amanhã o dia é corrido e não dá tempo de fazer o outro trabalho.

Se não é crise, é pura preguiça, mas acredito que seja os dois.

domingo, 11 de abril de 2010

Sobre homens e convergências..

Convergência é, segundo um dicionário que achei no Google (rs):

2.fig Tendência de várias coisas para se fixarem num ponto ou se identificarem.

É cool começar um texto com uma definição do dicionário. Ainda mais hoje que estudei e resolvi postar algo no blog, depois de teempos!

Hoje falo de homens. Vou perder meu tempo com isso. Deu para perceber que estou puta, né?

Estou presa em um maldito trabalhinho de Hipermídia. Tenho que ler "Cultura da Convergência", de Henry Jenkins, e responder um questionário de primário que só falta a professora colocar no enunciado que a "resposta deve ser completa". Aliás, a aula dela é um saco. Mas isso não vem em questão.

No ônibus, seguindo para Niterói, peguei meu notebook e comecei a ler o maldito textinho, tentando pela milésima vez fazer o trabalho. A poltrona ao lado estava vazia, então coloquei minha mochila e fiquei confortááável, na esperança de ninguém aparecer e sentar ao lado, já que o ônibus estava praticamente vazio. Eis que surge um velhinho...

Ele entrou, olhando para os lados, dizendo "poltrona 11...poltrona 11" e eu pensando "merda, não estou sozinha". Localizou o assento, me olhou com um olhar doce e eu, mais que depressa, me curvei, para que ele sentasse. Cordialmente, o senhorzinho perguntou se eu preferia sentar ao lado da janela, se estava confortável e eu, que estava puta com a raça masculina (já já vc vai entender), pensei "own, ainda existem homens fofos". Continuei onde estava e fiz de tudo para que o velhinho fofo ficasse à vontade. Voltei ao meu texto, coloquei o fone no ouvido, e prossegui na minha tentativa dolorosa de me concentrar.

"Eu gosto de mulheres bonitas", "é um prazer sentar ao lado de uma mulher bonita", " não gosto de mulher feia". Não sabia se estava ouvindo bem, mas sim, entendi o que ele disse, e achei fofinho, era um senhor fofo. Ressaltando que estava puta com os homens.

"Você estuda na UFF?", "ah que legal". Normal. Meu note dá um pau e reinicia. Quando abre, meu wallpaper: a Paola Bracho, soltando uma risada malígna. Vem o velho de novo (aí já estou um pouco irritada, pois queria me concentrar e estudar) e me pergunta: "É vc?!". o.-
Pelo velho, já deu para perceber que já estava achando inconveniente. Respondi "não" (mas não tive coragem de dizer que era uma personagem malvada da novela mexicana "A usurpadora", rsrs). Depois ele começou a perguntar se estava estudando, conversando com o namorado (imagine, se eu tivesse alguém que prestasse para chamar de namorado não estaria puta), estudando porque namorei demais, ahh, mil coisas. E claro, falando das mulheres bonitas, que gosta de sentar ao lado de mulheres bonitas, já se achando o íntimo. Começou a falar da filha e continuou a perguntar sobre minha vida. "Ah, porque a mulher bonita..." Eu, boazinha, santinha, pacientinha, respondia com maior educação ao velhinho. Perguntou se eu morava no Ingá, respondi não, se era em São Domingos, também não, para que ele imaginasse que se eu não disse o bairro, era porque não queria papo.

Em Magé, uma senhora desce no ponto. Vagam duas poltronas, justamente ao meu lado. Peço licensa ao senhor e vou para o lugarzinho que só faltava brilhar na escuridão do ônibus. Prossigo a viagem em paz, porém, não termino o meu trabalho.

E o que tem a convergência a ver com tudo isso?

Descobri hoje que perdi meu tempo e minhas palavras com um homem, novo, que não valia a pena. Mais tarde, descobri que perdi meu tempo, minha bondade e minhas palavras com um homem velho, que não valia a pena. Não é na mesma intensidade, uma vez que o senhorzinho não conquistou metade da minha raiva. Mas de qualquer forma, esses dois pontos, insignificantes, convergiram em algum momento. Justamente quando eu estudava a cultura da convergência.

Prometo postar mais. Kisses and hugs. Queria ligar pro meu coleguinha da escola que reencontrei hoje no ônibus. Ele é um gentleman, desde os 10 anos!